1 CONSTRUÇÃO E ESTRUTURA
1.1 Materiais
Segundo Oliveira (2008) em uma construção todos os
materiais, desde um martelo até o bloco pré-moldado são materiais de
construção, alguns evoluem conforme a tecnologia enquanto outros não sofrem nem
um tipo de alteração. Para delimitar a gama de matérias a ser estudado,
restringiremos ao princípio de “Materiais Básicos para Construção Civil” conforme
ditado por Oliveira (2008), onde os mesmos são suficientes para confeccionar
uma estrutura simples.
O especialista em engenharia civil deverá escolher os
materiais de acordo com suas condições técnicas (aplicabilidade), econômicas
(com menor custo) e estéticas (confortável) (SILVA, 2008).
1.2 Agregados
“[...] a definição de
agregado é a seguinte: material particulado, incoesivo, de atividade química
praticamente nula, constituído de misturas de partículas cobrindo extensa gama
de tamanhos. Especificamente na construção civil a definição de agregado pode
ser resumida como: material granuloso e inerte, que entra na composição das argamassas
e concretos, contribuindo para o aumento da resistência mecânica e redução de
custo na obra em que for utilizado [...]”
(BAUER, 2008, p. 58)
Os
agregados, como próprio nome diz, são materiais de construção que agregam-na na
formação da massa, ou seja, compõe a mistura das massas das construções, ajudam
a diminuir o custo final da obra devido ao baixo valor agregado deste material.
Segundo a ABNT
(NBR 7211, 2009, p. 3) existe duas formas de se classificar os agregados:
agregado miúdo e graúdo, ou seja, os grãos são classificados conforme sua
dimensão.
Os
agregados que provem de região litorânea, que podem estar contaminadas ou com
sal, além de necessitarem seguir parâmetros e limites de cloreto e sulfato,
geralmente são contra indicados para a engenharia, que por sua vez, possuem
durabilidade duvidosa.
Os agregados podem ser artificiais ou naturais; por
exemplo, a areia e o cascalho são encontrados com facilidade na natureza, em
contra partida, a brita precisa ser processada (britada) para assumir o formato
ideal.
1.2.1
Pedra Brita
A pedra brita é
classificada como graúdo. Segundo Bauer (2008) a brita é resultado de um
processo de britagem, ou seja, são rochas maiores que são quebradas até atingir
o tamanho necessário (2,4 a 64mm) para utilização em uma obra.
A brita é
misturada a massa de concreto, que porventura, tem como objetivo incrementar e
diminuir o custo da obra.
De acordo com
Bauer (2008), a pedra brita recebe as mais diversas definições de acordo com o
seu tamanho:
“Brita: agregado obtido a partir de
rochas compactas que ocorreram em jazidas, pelo processo industrial de fragmentação
da rocha maciça.
Rachão: agregado constituído do material
que passa no britador primário e é retido na peneira de 76mm. É a fração acima
de 76mm da bica-corrida primária. O rachão também é conhecido como “pedra de
mão” e geralmente tem dimensões entre 76 e 250mm.
•Bica-corrida: material britado no estado
em que se encontra à saída do britador. Chama-se primária quando deixa o
britador primário (graduação na faixa de 0 a 300 mm) e secundária, quando deixa
o britador secundário (graduação na faixa de 0 a 76 mm).
Pedra Britada: produto da
diminuição artificial de uma rocha, geralmente com o uso de britadores,
resultando em uma série de tamanhos de grãos que variam de 2,4 a 64mm. Esta
faixa de tamanhos é subdividida em cinco graduações, denominadas, em ordem
crescente, conforme os diâmetros médios: pedrisco, brita 1, brita 2, brita 3 e
brita 4.
Pó de pedra: Material mais fino que o
pedrisco, sendo que sua graduação varia de 0/4,8mm. Tem maior porcentagem de
finos que as areias padronizadas, chegando a 28% de material abaixo de 0,075,
contra os 15% da areia para concreto.
Areia de brita: obtida dos finos
resultantes da produção da brita dos quais se retira a fração inferior a
0,15mm. Sua graduação é 0,15/4,8mm.
Fíler: Agregado de graduação
0,005/0,075; com grãos da mesma grandeza de grãos de cimento. Material obtido
por decantação nos tanques das instalações de lavagem de britas das pedreiras.
É utilizado em mastiques betuminosos, concretos asfálticos e espessamentos de
betumes fluídos.
Restolho:
material
granular de grãos frágeis que pode conter uma parcela de solos. É retirado do
fluxo na saída do britador primário.” (BAUER, 2008, p. 53)
Em uma obra é
possível usar tanto pedras pequenas quanto as grandes, indo de acordo com a
necessidade da construção. O importante é essas pedras sejam de materiais
duráveis, resistentes e de granulação parametrizada, para que não comprometa a
qualidade e desempenho da obra.
A pedra brita é
formada por diversos tipos de pedras e rochas, a mais utilizadas são o basalto
(usada para como agregado asfáltica / figura 4), gnaisses (usais em britas
tradicionais) e granitos (usual devido sua alta resistência a compressão).
Imagem 4 – Basalto geralmente
usado em pavimentações
Fonte: Disponível
<http://portaldoprofessor.mec.gov.br/>
1.2.2
Cascalho
Ao
contrário da brita que possui formato parametrizado, o Cascalho são pedras com
significativa variação na formação e tamanho, desgastada pela ação natural dos
mares (esse tipo de cascalho é contraindicado), rios ou força maior. É um
agregado de origem natural, muito barato devido ao fato de que trata-se de um
recurso abundante na natureza.
Segundo Chiossi
(1979) o cascalho é aplicado na construção civil em na fabricação de concreto,
para preencher leitos e estradas de terra, enfeitar jardins ou completar
buracos.
1.2.3
Areias
A Areia é um agregado de origem natural em abundancia na
natureza, possui granulometria entre 0,05 e 5 centímetros (ABNT NTR 7214,
1982), são resultado natural da ação da natureza para com as pedras e rochas.
O profissional da
área de engenharia tem que se atentar para o grau de pureza da areia, pois se
houver alto teor sílico (sal) a massa terá liga, mas posteriormente entrará em
colapso e dissolverá.
1.3
Elétrica
1.3.1
Fios e cabos
A função dos fios é cabos é conduzir a
corrente; quanto maior for a intensidade da corrente, maior será o tamanho do
cabo.
Os cabos de força devem atender a um fluxo
contínuo e equivalente a intensidade necessária, pois se a tensão recebida não
for suficiente no final da instalação o funcionamento do aparelho poderá ficar
comprometido e gradativamente danificado.
Caso o ponto da tomada seja distante da
instalação o especialista em elétrica terá que recorrer ao uso de um fio com a
bitola (tamanho) maior, uma vez que a tensão diminui a cada etapa do caminho
para o ponto de provimento. Existem
vários tipos de fios, cada um com sua respectiva aplicabilidade e
funcionalidade.
O condutor sólido é um fio sólido de cobre,
coberto por uma capa de plástico, é encontrado geralmente em imóveis antigos e
também recomendado para chuveiros elétricos; entretanto é cabo mais inflexível
de todos, ele não pode ser muito manuseado porque está sujeito a quebrar ou
perder sua potencialidade.
Já os fios condutores e flexíveis,
tratam-se de cabos encapados com plásticos (XLPE, PE, PVC, EPR, etc) com vários
fios de cobre juntos e torcidos, viabilizando o manuseio. São atualmente muito
usados pelos eletricistas devido sua praticidade. Os cabos e fios se dividem em
condutor simples, cabo unipolar (imagem 5) e multipolar (imagem 5), cabo de
alimentação e multiplexado.
Imagem 5 – Cabo Isolado,
Unipolar e Multipolar
Fonte: Disponível em <
www.digel.com.br >
A
ABNT (NBR54190, 2004), determina quais são os fios que deverão ser utilizado em
uma obra de construção unifamiliar através dos graus de suas espessuras,
variando de 1,5 mm² para pontos inerentes a iluminação, 2,5mm² para pontos de
alimentação, entretanto as espessuras também determinam o tipo de local ao qual
eles atenderão.
Imagem 6 – Exemplos de
Condutores, seção e métrica
Fonte: Disponível em < www.digel.com.br>
As normas da ABNT especificam
detalhadamente as espessuras mínimas das instalações domésticas, industriais,
comerciais, dentre outras. Na figura 6 é possível notar que os condutores são
divididos em seções (mm²), através delas (suportadas pela ABNT 5410/04) é
possível saber em quais casos elas deverão ser aplicadas, por exemplo, a ABNT
determina (sugere) que seja usada uma seção (bitola) de 2,5 para circuitos e
1,5 para iluminação residenciais. Sempre que houver necessidade de aplicar um
novo sistema de fiação, o especialista em elétrica deverá recorrer aos acordes
da ABNT e verificar qual é a bitola e parâmetros mais adequados para os mais
diversos tipos de edificações.
1.3.2
Disjuntor
O disjuntor é uma
espécie de dispositivo “funil” que limita a quantidade de corrente que
percorrerá um determinado condutor, uma vez que como explanado anteriormente,
se os produtos elétricos receberem qualquer tipo de sobrecarga é natural que cause
complicações em sua estrutura que sua respectiva queima. Por ser eletromecânico
o disjuntor tem como funcionalidade bloquear vales na estrutura da corrente
contínua e desarmar automaticamente antes que cause danos aos produtos
elétricos e a instalação.
Diferentemente dos
fusíveis, o disjuntor pode ser desbloqueado manualmente por qualquer pessoa
(ligando e desligando três vezes seguidas).
Existem outros tipos de disjuntores usuais,
são geralmente usados prezando pelos mesmos princípios que é controlar e
proteger, tais como, o diferencial residual e o termomagnético.
1.3.3
Interruptor
Interruptor com o
próprio nome diz é um dispositivo que interrompe uma corrente elétrica,
geralmente utilizado para lâmpadas, sendo contraindicados no uso de grandes
correntes, tais como, chuveiros, ar condicionado, lavadeiras de pratos,
torneiras elétricas, pois este tipo de produto já possui um tipo específico de
dispositivo de interrupção adequado a sua particularidade.
1.3.4
Tomadas
As tomadas são
dispositivos elétricos que proporcionam conectividade seguro para com os
aparelhos e produtos elétricos. Existem diversos tipos de tomada, entretanto
apenas a do tipo N é utilizada no Brasil, os outros padrões tiveram a
comercialização proibida. Entretanto, na vida prática, algumas pessoas por
questão de estética e de adaptabilidade (alguns eletrodomésticos antigos
possuem aquele perfil de tomada) preferem recorrer ao uso de tomadas com
padrões anteriores aos de 2008.
Os tipos de tomada A e B (figura 2) são
comumente encontrados nas residências e imóveis comerciais brasileiros, pois
que existem vários tipos de equipamentos que demandam o uso desta tomada
(computadores importados, máquinas importadas e outros). Recorrer ao uso de
adaptadores colocariam em risco a integridade do equipamento, da instalação e
do imóvel (susceptível a curtos). Apesar de ser proibida a sua comercialização,
é um tipo de interruptor fácil de se encontrar nos estabelecimentos.
Figura 2 – Tomadas tipo A e
B
Fonte: Disponível em http://viagem.uol.com.br/conheça-os-plugs
A tomada tipo N (Figura 2.1)é a padrão brasileira, porque
além de serem seguras (crianças e curtos) são absolutamente estáveis. Este tipo de tomada possui três entradas,
duas deles inerentes a força e uma para indexação e fio-terra, sua entrada é
interna e todos os produtos nos dias atuais são fabricados mediante ao uso
deste tipo de tomada.
Figura 2.1 – Tomada de Tipo
N
Fonte: Disponível em http://viagem.uol.com.br/conheça-os-plugs
1.3.5
Eletroduto
Os eletrodutos
são tubos que tem como finalidade proteger os cabos e fios elétricos,
possibilitando a transposição das instalações sem que a qualidade e integridade
do fio seja comprometida por fatores externos, como massas ou instalações; este
eletrodutos podem ser de plástico, alumínio, aço, zincados ou galvanizados de
maneira que atenda as especificações da situação, como em uma residência, que
comumente é utilizado um eletroduto de plástico.
O eletroduto de
plástico (rígidos, flexíveis, mangueira e PVC): os tubos rígidos e de PVC
atendem um parâmetro instalação (geralmente)
para exterior, enquanto os flexíveis e de mangueira são para estruturas
internas.
O restante dos
eletrodutos atendem determinações diferentes, o eletroduto zincado consiste em
proteção contra ferrugem, aplicado em ambientes úmidos e susceptíveis a
corrosão; o tubo galvanizado (imagem 7) a fogo por serem metálicos, são
resistentes e indicados para uso externo, em linha subterrâneas e em contato
direto com o solo.
Imagem 7 – Eletroduto
Galvanizado
Fonte: Disponível em <
www.bazar339.com.br>
É importante
ratificar que os eletrodutos metálicos obrigatoriamente devem seguir as menções
da ABNT conforme disposto abaixo:
“Eletroduto rígido de aço-carbono com
revestimento protetor, com rosca ANSI/ASME B1.20.1 (Especificação). NOTA: Os
eletrodutos fabricados segundo esta norma (dois tipos: pesado e extra) são, em
princípio, destinados a instalações industriais e análogas”. (NBR 5597, 1995,
p. 17)
“Eletroduto rígido de
aço-carbono com revestimento protetor, com rosca NBR 6414 (Especificação).
NOTA: Os eletrodutos fabricados segundo esta norma (um único tipo) são de
paredes mais grossas e, em princípio, destinados também a instalações
industriais e análogas” (NBR 5598, 199, p. 23)
“Eletroduto rígido de
aço-carbono, com costura, com revestimento protetor, e rosca NBR 8133
(Especificação). NOTA: Os eletrodutos fabricados segundo esta norma (um único
tipo) são de paredes finas e, em princípio, destinados a instalações não
industriais.” (NBR 5624, 1993, p. 14)
Os Eletrodutos feitos
em PVC devem atender as especificações da norma
NBR 6150 de 1980 da ABNT onde os “eletrodutos roscáveis e soldáveis com duas
espessuras de parede (Classe A e Classe B). Os outros tipos de eletrodutos, com
exceção dos eletrodutos de polietileno, são usados exclusivamente em linhas
subterrâneas ou, eventualmente, contidos em canaletas” (ABNT NBR 6150, 1980, p.
12).
1.4
Hidráulica
Formam o material
bruto na canalização de água, podendo ser de ferro galvanizano, plástico, cobre
ou ferro fundido.
1.4.1
Tipos de Tubulações
A tubulação de ferro
galvanizado, é aplicada embutida na parede. As curvas, derivações e reduções de
diâmetro, são feitas por peças rosqueáveis, chamadas de conexões.
A tubulação é vendida
em barras de 6m de comprimento, com diâmetros variando de ½ a 3, diâmetros
maiores, além de serem difíceis de serem encontrados, raramente são utilizados
nas instalações hidráulicas das edificações.
Os tubos de ferro e
galvanizado, são vendidos em forma de sem costura e com a costura; ou com a
costura podem ser do tipo leve ou pesado.
O grande
inconveniente das tubulações de ferro galvanizado, é que, com o tempo, nas
paredes do tubo, impurezas d’água são depositadas, fazendo diminuir a secçaõ do
tudo, ocasionando corrosão.
Instalações
executadas com ferro galvanizado após dez a quinze anos de uso, tem suas seções
diminuídas em até 70%, propiciando a corrosão pequenas fissuras, donde se
originam vazamentos.
Para conectar,
aumentar ou reduzir diâmetros das tubulações de ferro galvanizado, os
especialistas em hidráulica recorrem as buchas, bujões, curvas de 90° ou 45°,
flanjes; cruzetas; cotovelos; luvas; luvas de redução; T 90°, T de redução;
tampões ou caps; niples; reduções; uniões, etc. com os mesmos diâmetros das
tubulações.
Esses diâmetros, em
polegadas, e em ordem crescente, são os seguintes: ½; ¾; 1; ¼; 1 ½; 2, 2 ½, 3 e
4.
Para perfeito
funcionamento, todos os aparelhos sanitários ligados a tubulação hidráulica,
requerem que as tubulações tenham diâmetro mínimo.
Já ao que se concerne
aos tubos e conexões de plástico, os chamados P.V.C, não são tóxicos e sendo
bastantes resistentes a água. Atualmente os especialistas em hidráulica
recorrem ao uso deste material, uma vez que os tubos de ferro são
gradativamente trocados pelos de P.V.C.
Os tubos de P.V.C são
vendidos em barras de 6m, nas bitolas ½, ¾, 1, 1 ¼, 1 ½ e 2, correspondo
respectivamente aos diâmetros externos de 20mm, 25mm, 32mm, 40mm, 50mm e 60mm.
Outros diâmetros com 2 ½, 3, e 4, também são encontrados com facilidade.
As conexões de P.V.C
são tipos iguais às de ferro galvanizado.
O encanamento de
P.V.C, somente pode ser usado nas instalações hidráulicas de água fria, não se
prestando para instalações de água quente.
A única desvantagem
que a tubulação de plástico apresenta em relação à tubulação de ferro
galvanizado, é o perigo que existe em se furar a tubulação, quando se pretende
fixar algum tipo de objeto (um quadro, por exemplo), com prego.
Para as instalações
com água quente são utilizados os canos de cobre, sendo seu preço proibitivo em
relação às instalações de água fria, apesar de sua grande durabilidade, não
representando incrustamento de impurezas nas paredes dos tubos, não
enferrujando, permitindo perfeito funcionamento das instalações.
Existem também “tubos/canos”
para coleta de água pluvial, são: calhas, água-furtada e rufo. As conexões para
este tipo de encanamento dividem-se em cantos, junções, emendas, curva 45°,
condutor terminal, terminal de calha.
É possível encontrar
as determinações dos componentes dos sistemas hidráulicos na ABNT NBR 15813/10,
servindo como base e fundamento nas explanações anteriores.
1.4.2
Instalação hidráulica de esgoto
Todas as águas de uma fundação são
canalizadas para uma rede pública, chamada rede pública de esgotos. Essa rede,
recebe o esgoto e desagua em córregos ou rios.
Segunda a ABNT (NBR 8160,1999, p. 2 e 3) existem
várias designações que contemplam uma instalação de esgoto:
Aparelho Sanitário –
Aparelho ligado à instalação predial, destinado ao uso da água para fins
higiênicos, ou receber dejetos e águas servidas.
Caixa coletora –
Caixa situada em nível inferior ao coletor predial, onde se coletam despejos,
cujo esgotamento exige elevação (bombeamento).
Caixa de Inspeção –
Caixa destinada a permitir a inspeção e desentupimento da canalização.
Caixa de gordura –
Caixa onde a gordura é retida.
Caixa sifonada
fechada – Caixa dotada de fecho hídrico, destinada a receber os efluentes dos
aparelhos sanitários, menos das bacias, e descarregá-los diretamente na
canalização primária.
Canalização Primária
– Canalização onde tem acesso gases provenientes do coletor público.
Canalização
Secundária – Canalização protegida por desconector, contra o acesso de gases
provenientes do coletor público.
Coletor predial –
Canalização compreendida entre a última caixa de inspeção do esgoto do prédio e
a rede pública.
Coluna de ventilação
– Canalização vertical, destinada à ventilação de sifões sanitários situados em
pavimentos superpostos.
Desconector – Sifão
sanitário ligado à uma canalização primária.
Despejos – Refugos
líquidos dos edifícios, excluídas as águas pluviais.
Despejos domésticos –
Despejos decorrentes do uso de água para fins higiênicos.
Fecho hídrico –
Coluna líquida que, em um sifão sanitário, veda a passagem de gases.
Ramal de descarga –
Canalização que recebe diretamente os efluentes de aparelhos sanitários.
Ramal de esgoto –
Canalização que recebe efluentes de ramais de descarga.
Ramal de ventilação – Tubo ventilador secundário,
ligando dois ou mais tubos ventiladores individuais, a uma coluna de ventilação
ou a um tubo ventilador primário.
Ralo – Caixa dotada
de grelha na parte superior, destinada a receber águas de lavagens do piso ou
do chuveiro.
Sifão sanitário –
Dispositivo hidráulico destinado a vedar a passagem dos gases das canalizações
de esgoto, para o interior do prédio.
Subcoletor –
Canalização que recebe efluentes de um ou mais tubos de queda ou ramais de
esgoto.
Tubo de queda –
Canalização vertical que recebe efluentes dos subcoletores, ramais de esgoto e
ramais de descarga.
Tubo ventilador –
Canalização que sobe, destinada a permitir o acesso do ar atmosférico ao
interior da canalização de esgoto e a saída de gases dessas canalizações, bem
como, impedir a ruptura do fecho hídrico dos desconectores.
Tubo ventilador
primário – Tubo ventilador que tem uma extremidade aberta, situada acima da
cobertura do edifício.
Tubo ventilador
secundário – Tem a extremidade superior ligada a um tubo primário, a uma coluna
de ventilação ou a outro tubo ventilador secundário.
1.4.3
Instalação de esgotos
Segundo os princípios
da ABNT (NBR 8160, 1999, p. 3), as instalações devem ser projetadas e
construídas de forma a funcionar corretamente, obedecendo os itens abaixo
relacionados:
1° Permitir rápido
escoamento dos despejos e fácil desentupimento.
2° Vedar a passagem
de gases e animais, das canalizações, para o interior da edificação.
3° Não permitir
vazamentos ou escapamento de gases ou formação de depósitos no interior das canalizações.
4° Diâmetro da
tubulação suficiente para a vazão de cada ramal e canalização.
5° Caimento adequado
para dar escoamento rápido.
6° Eliminação tanto
quanto possível de curvas acentuadas, como por exemplo, curva de 90° por duas
curvas de 45°.
7° Colocar
suficientes caixas de inspeção para facilitar possíveis desentupimentos, de
preferência, nas curvas.
8° Assentar a
tubulação de esgoto em base firme, de preferência em terreno bem compactado, ou
sobre lastro de concreto, se existirem dúvidas quanto à resistência do solo.
Assim, se evitam possíveis recalques na tubulação.
9° Boa conexão
(ligação) entre os tubos e conexões, para evitar vazamentos que podem ocasionar
o recalque da rede de esgotos.
10° Colocar caixa de
gordura na saída da tubulação da pia da cozinha, evitando que as substâncias
gordurosas se depositem nas paredes internas da tubulação.
A rede de esgoto é formada por tubulações
chamadas ramais, que coletam águas servidas dos aparelhos, levando-os através
do coletor à rede pública, quando esta existir, ou para o poço negro, quando
não houver rede pública.
A tubulação de esgotos pode ser de: tubos e
conexões de ferro fundido, de plástico ou de manilhas de barro vitrificado.
Nas residências térreas, toda a tubulação
de esgotos e respectivas conexões ficam enterradas no solo. Usualmente são
executadas em manilhas de barro vitrificado, algumas vezes em plástico e, raras
vezes, em ferro fundido, devido ao seu alto custo.
Nas residências com pavimentos superiores,
prédios, etc., a tubulação e conexões que foram enterradas no solo, são
executadas com manilha de barro vitrificadas e, as embutidas nas lajes e
paredes, em plástico ou ferro fundido.
Quando se executa a tubulação em manilhas,
estas devem estar conectadas com piche e estopa.
Os diâmetros mínimos usados nas tubulações
são de 3 polegadas para os ramais e 4 polegadas para o coletor predial; para
bacias, o diâmetro mínimo do ramal é de 4 polegadas.
O caimento da tubulação de esgotos, deverá
ser no mínimo de 2%. Sempre que possível, utilizar caimento maior. O caimento
de 2% sugere que, a cada 100cm, a rede
deve cair 2cm.
A ligação das manilhas e conexões com piche
e estopa, possibilita à rede, absorver pequenos recalques, pois a tubulação
torna-se flexível sem quebrar. Caso a ligação entre tubos seja feita com areia
e cimento, ela se tornará rígida; qualquer recalque que aconteça, a rede se
quebrará.
Na instalação da rede de esgotos, há
necessidade de se usar o sistema de sifão nas ligações dos aparelhos com os ramais, para não
permitir que o mau cheiro penetre no banheiro, na cozinha, etc.
Somente a bacia não precisa de sifão,
porque ela é auto-sifonada.
Os demais aparelhos, como lavatório, bidê,
banheira, ralos, deverão ser ligados a uma caixa central munida de sifão. Esta
caixa será ligada ao mesmo ramal que sai da bacia.
As bitolas (diâmetros) mínimos das ligações
dos aparelhos numa residência são:
Banheira 1 1/2 ´´
Bidê 1 1/4 ´´
Chuveiro 1 1/2 ´´
Lavatório 1 1/4 ´´
Pia da cozinha 1 1/2 ´´
Ralo 1 1/4
´´
Tanque de lavar 1 1/2
´´
Bacia 4´´
Todas as bacias lançam o ramal de descarga
diretamente no tubo de queda de esgotos, independente dos demais aparelhos.
Cada bacia tem o seu tubo de ventilação e todas se unem na coluna de ventilação
que vai sair acima do telhado.
Os tubos de queda podem assumir diferentes
tipos de ligação, sendo:
1° Ligação Direta
(Sifão Individual) – Cada aparelho tem um sifão e sua ventilação, ligados ao
ramal de ventilação, que por sua vez, é ligada à coluna de ventilação. Do sifão
de cada aparelho, sai o ramal que vai unir-se na entrada do tubo de queda do
esgoto.
2° Ligação com
desconector (Sifão geral) – Todas as ligações dos aparelhos estão unidas a um
sifão único, daí partindo a ligação ao tubo de queda. Após o sifão único, há
uma derivação de tubo de ventilação, que vai ligada à coluna de ventilação.
3° Ligações com
desconector (Caixa sinfonada) – Indica que todos os aparelhos são ligados a uma
caixa sinfonada chamada desconector, daí saindo a ligação para o tubo de queda
do esgoto e também um ramal de ventilação, que vai ligar-se à coluna de
ventilação.
Os tipos acima descritos representam
soluções existentes para ligação dos aparelhos à rede de esgotos, sempre com
tubos de ventilação e sifões para isolamento dos aparelhos em relação aos gases
que se formam no esgoto
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